quinta-feira, 9 de setembro de 2010

14h do dia seguinte


- Alô!
- Amanda?
- Quem mais seria?
Meu tom era de pura frieza.
- Como você está? -Ele não parecia tão preocupado quanto tentava mostrar.- Estou ligando desde cedo, por que não me atendeu?
Que absurdo ele perguntar isso.
- Eu não estava com vontade de falar com você.
Eu não ia dizer que tinha passado a noite acordada por causa dele e que por isso havia dormido até tão tarde. Deixei ele pensar que eu estava simplesmente o ignorando.
- Não precisava ficar tão chateada comigo. Você sabia que um dia isso ia acontecer. Ou você achava que nós íamos nos casar?
Aquela pergunta fez eu me sentir ainda mais idiota do que na noite anterior. Minha vontade foi de dizer que sim, que eu achava que aquela noite seria a noite em que ele me pediria em casamento e me diria o quanto ele sonha em passar o resto da vida comigo, mas que agora sabia que aquilo era uma bobagem, e em seguida desligaria o telefone na cara dele. Mas eu não tinha forças pra tanto, e acabei respondendo um simples:
- Não, claro que não!
- Nós podemos conversar com mais calma?
- Não.
E encerrei a chamada. Desliguei o celular e passei o resto da tarde chorando, pedindo a Deus que ninguém entrasse de surpresa no meu quarto e me encontrasse naquele estado de pura idiotice.

7 comentários:

  1. Gostei muito do teu cantinho, adorei o visual do blog. E o texto estou sem palavras.
    Beijo grande!

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  2. Amei, mariana ç_ç é triste, mas gostei!
    é de sua autoria?

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  3. Que liindo! Tipo, maravilhoso mesmo esse texto. Parabéns sempre :D

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  4. é o que acontece, rs.
    supera
    gostei muito, beijo.
    Ah, estou te seguindo, me segue também (y)

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  5. "Ou você achava que nós íamos nos casar?" Nossa, que cara grosso! Realmente é de chatear, coitada. Acho que uma das coisas mais horríveis é quando sentimos que nosso sentimentos e sonhos são desprezados...

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  6. O que eu sempre digo : Seus textos me inspiram e me fazem refletir.

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Não te forcei a ler, muito menos a comentar. Mas, por favor, só comente se tiver lido.

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